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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A volta dos que não foram




Me diga o que você vê
O que escuta
O que você é
O que nutre seus sonhos

É a menina apaixonada soprando letras
O suor, o cansaço, o não para o lamento
É a morte da tristeza, ideal de gentileza
O grito, o brado que falha e não se intimida, não se permite parar

É o calibre que aviva a chama
Os ideais que clama a justiça
É o sonho, é o desejo de paz que o peito reclama
É o que movimenta a moenda do tempo, o que a minha cara de sossego engana

É o menino correndo atrás da bola, crescendo e sempre querendo mais
A escola da vida que nos ensina o que importa
É a porta batida na cara, e a ida, é a volta
O suspiro na chegada, é o fim dos nossos “ais”

É a volta para casa, é o fim, é o ninho
A fênix convalescida, é ambicionar além disso, querer sempre mais, nunca estar sozinho
É a amizade, a verdade, o tempo levado nas costas, as alegrias, as perdas e vitórias

É a música, a melodia sincronizada que nos une nesse espaço
O retrato do que nos somos
Pagãos, arlequins, palhaços, católicos ou circuncidados
Contemplando o Deus maior que sempre esteve e sempre estará do nosso lado

É o zero, o nada que já temos desde o início
O oito, que toma a forma do infinito
Somos nós, arquivos vivos, diante de tanta simetria e antagonismo
É a ternura, o respeito, a música e os sonhos
O desejo pela mãe arte nos mantém vivos

É ele, o amor, que nos trás até aqui
Os que jamais esqueceremos, os que ainda estão por vir


Roberta Moura

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