Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.
A teoria da conspiração de nada teria valia se
fosse totalmente verdade ou totalmente mentira
Se a conspiração deixa-se ser conceituada e os
segredos fossem dirimidos, se as interferências humanas no cosmo fossem
descoberta, nada nessa vida teria mais sentido
Pobre coitada seria a conspiração, filha da
curiosidade e da imaginação
Se ela soubesse o que finge saber fazer já teria
feito muita coisa, já teria encontrado o que eu vim aqui esclarecer
Se as lacunas fossem conceituadas e os mistérios
expostos no ar, elas não teriam mais sentidos, nem conluio teriam para morar
Seria tudo na base do conceito e girar a pedra que
moe o mundo seria para qualquer um e não para um determinado rapaz que busca
parir suas ideias
O parto que a terra não lhe deu por sua natureza
lunar deve ser alcançado no vislumbre dos seus olhos, permita-se enxergar
Sem máscaras, sem preconceito, despido da sua
ignorância natural
Abra a camisa e o Chakra mais inflamado, pois tudo que é dor um dia vai passar
Tantos dias eu levei pra contar, conto as contas no
mar, as contas do terço que custam acabar
Recorte de história, serviu de nada, sem ingresso,
sem acesso, sem ter coisa nova pra contar
Pensei em te contar e arriscar o que era eu, era
só, só foi e ficou de novo, só eu fui embora, para não mais voltar
Distraída e traída, colori com tintas bélicas o seu
retrato, retardo falido da minha memória, vitória que aguardei mas não vi
chegar
Solidão, dívida externa e passos lentos no funeral
dos meus sonhos, tudo me leva ao caos que se instalou do lado de cá
Sou mais nada, não volta a palavra gasta e cuspida
no ar
Volta à testa a saliva que foi pra cima, volta pra
casa o filho derrotado e o gasto solado da sua sandália
Fica frio o peixe fora d’água, morre sozinho nas
mãos de um estranho que lhe tirou do ninho, morre sem conhecer direito o seu
inimigo, o seu vilão preferido
Tatuagem de renna, de símbolos, animais, só marcam
o que se foi, serve para lembrar, e eu, que tenho essa memória elefântica, sou
fadada a viver dessa história que tento esquecer, perdida no espaço, sem ter onde
chegar
Rio de pedrinhas brilhantes, a luz do luar parece
piorar tudo, inflamar essa tal dessa saudade
As unhas que pintei em sua homenagem foram ruídas,
as máscaras que usamos no nosso carnaval foram doadas, nada mais nos une nessa
palhaçada
Quando a confiança partiu levou com ela a certeza
de toda verdade investida, toda a minha cara amassada de tanto te apreciar
Foi-se tudo embora, e com uma foice amolada cortou
os pulsos dessa ex apaixonada
Deixou, correu o sangue colorido pela sala, foi-se
as cores de abril, as águas de março, as tardes ensolaradas, a solidez da
ingenuidade
Partiu para o infinito o pedaço esperançoso da
minha alma
Porque se não tiver marmelada para se falar
sobre a política do Vale do Mamanguape vamos falar desses "Palhaços do EJC"
Tenha a Santa Paciência!!!
O EJC está no cerne dos corações,
dessa moçada que é vida, que é barulho, que é diversão
Todos motivados pela mais pura emoção de
Servir a Deus, cada um do seu jeito, com suas limitações, na medida das suas
condições, de seus acertos e defeitos
O EJC não é um grupo, é uma
família, é uma entidade merecedora do mais profundo respeito
Se não tem o que falar, fale do amor que
nunca teve, fale da carência de assunto, mas não mexa com esses corações
repletos de amor, que se encontram numa charanga, na amizade verdadeira, na
oração, na brincadeira, no sol apino de um pedágio, na condição humana de
levantar após os percalços
Errou feio moço desconhecido, quis ser
notado, acabou desmerecido
Acertou onde não devia, nos corações de
centenas de jovens acometidos de paixão por essa unidade
Coisa que você jamais entenderia
Foram palhaços que vestiram seus narizes de
vermelho e saíram as ruas nas diretas para reivindicar direitos como
o que erroneamente utilizas, direito de falar de se expressar
Foram palhaços como aqueles que, defendendo o
ideal constitucionista, gritaram bem alto no Impeachment, na esperança de alguém escutar
Só defendemos o nosso ideal seu moço, espero
que você tenha um também pelo qual possa lutar, e que junto aos seus possa acrescentar
Para ser palhaço aqui tem que saber respeitar!
Tem que ter amigos de verdade, ter com quem contar, tem que saber quanto custa
o valor de uma lágrima, tem que saber chorar
Tem que lavar banheiro sujo, aprender a servir, a receber, a limpar, tem que
aprender a pedir e a doar
Sou palhaça pela Graça
Tenho mais Graça que se possa imaginar
A nossa bagunça é Santa!
Coisa que cabeças limitadas não conseguem
imaginar!
Não conseguem unir juventude e santidade,
gratidão e boa vontade
Sou filha de Deus e por ele me encontrei
nesse conjunto, sou mais de Deus que do mundo
A nossa alegria está na força que vem do
alto, inexplicável, eterna, incompreendida, injustiçada por pessoas
limitadas, nada espertas
Tenho orgulho do que sou
Sou EJC até quando Deus na sua casa
me chamar, até enquanto puder viver
Quando as palavras te faltarem e a música calar as
sílabas, deixe falar a voz do coração
Quando um olhar te trazer a calma, como o único
sentimento que invade duas almas, permita que essa paz tome conta da sua
pequena imensidão
Permita-se, por um sorriso, uma luz, ou um par de
olhos que te guie para fora da escuridão
Quando perceber que sua vida pertence a um contexto
duplo, a uma outra dimensão, deixe o espaço ocupar o teu cansaço e entregue-se
a essa emoção
Faz como se fosse sempre para você, tudo nesse seu
jeito estúpido de ser
Faz para nós, como se não houvesse amanhã, como se ouvisse
o ecoar daquela trombeta, que te quebra a testa com uma ruga atravessada, a
surpresa que te toma de assalto, que te rouba a cor no ato, que te faz enrubescer
Faz sem temer maiores surpresas, faz por mim, faz você
Quem nunca temeu que atire a primeira pedra, quem
continua temendo uma tijolada no meio da fuça
Amor não se paga, não se pede, se oferece, com
respeito se recebe, com dignidade é o mínimo que se pode fazer
O ínfimo que se espera é decência, porque é o condão
que se deve vivenciar com quem se propõe a essa experiência
Ter quem te ofereça, quem te guarde para viver essa
temporária eternidade, é um prêmio e um castigo, duas caras, duas vontades
Nem todos merecem o amor, nem todos merecem a dor
A alegria e a realidade, duas caras da mesma moeda,
um fleche que segue a luz, ou a luz que na escuridão não se sente à vontade
Tem que se ter para dar
Tem que se ter para receber
Como o rio que segue caudalosamente para o mar,
como eu corriqueiramente me dirijo a você
Tem que se querer para persevera, tem que se
redimir para merecer
Faz sobra para os meus pensamentos, colha o vazio
desse momento, o que se planta aqui e o que amanhã vai te apetecer
Não tenho o tempo nas mãos, não tenho tempo para
perder, invisto cada segundo dessa imensidão nos braços de quem quer me receber
O respeito tem me ensinado um bocado sobre a vida,
ainda tenho muita coisa para aprender
Mais tarde poderemos ficar a vontade, conversarmos
novamente sobre a mocidade
O que foi feito não se apaga, nem mesmo uma planta roga
a cura da paga por uma folha quebrada
Sou uma outra pessoa depois de cada queda, mais vivida,
menos esperta, e que tem tantas outras coisas para aprender
Continuo acreditando nas pessoas, não me canso de
pedir e de dar o meu perdão
Só não me peça para voltar ao nada, já caminhei tempo
de mais sozinha para perpetrar nesse vão o não sei o que
Sei que o tempo não muda as pessoas, e que a
essência vai se tonificando com o tempo
O nosso perfume é coisa rara, entretanto não retira
determinados odores
Embora tentemos, embora arrisquemos, jamais
concertaremos ou converteremos alguns pastores
Brincar de deus é um exagero, e também um sinal
ridículo e claro de desespero de quem está sempre pronto para atacar, mas não
sabe, nem mesmo busca encontrar o seu lugar
Falar sobre falhas na escolha é exemplo clássico de
quem não levanta da poltrona da sala para buscar seu próprio jantar
Somos todos responsáveis por nossos atos, por
nossos pensamentos, por nossas faltas e na linha que divide a minha vida e a
sua ninguém poderá colocar as patas
Tantas vezes eu fui mocinha, noutras, porém, fui
bandida, mas sempre houve um meio termo que nunca ousei ultrapassar, o respeito
é a medida
Respeito demais os meus inimigos para ser covarde
com eles, ganho por meios “lícitos”
Se assim não fosse, estaria desmerecendo a briga e consequentemente
minha vitória
Atrevo-me a dizer as verdades que me convém, e
também a escutar as mentiras até onde me forem úteis
Conto com o dia de amanhã para me esclarecer o que me
parece vitimar, aguardo como um vigia atendo a noite que corta o meu lamento, na
certeza que o novo dia trará, com sua claridade, as respostas que sustenta me
flutuar
Tantas vezes errei por acreditar demais, tantas
vezes me atrasei dando passos para trás, busquei concertar, sem saber que o que
não tem remédio, remediado está
A cara da realidade não era a mesma que eu
costumava pintar
Borrei o desenho, apaguei e arrisquei recomeçar
Descobri que retrato borrado não se reconstrói,
fugiu a figura da minha mente, dolorosamente se autodestrói
Perseguirei o meu coração na contramão dessa
cansativa realidade, onde uns podem mais que outros, onde o que mais se
valoriza é a aparência e a inverdade
Continuarei carregando a cruz que me cabe,
descobrindo amor em alguns e em outros o tamanho da sua falsidade
Falarei do sol, o calor, do mar, do carinho e um
punhado de um tanto de outras coisas que me cabem explicitar o seu valor
Terei como abre alas da minha jornada o amor, que
tem me ensinado cotidianamente os diversos ângulos da sua aplicação
Que tem me conquistado lentamente, como pode, como
aceita, como suporta viver no meu coração