Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.
Inúmeras foram as vezes que me questionaram: para quem você escreve?
...
De modo direito, posso responder a todos que para o amor, esse único e gigantesco sentimento no qual ainda acredito
Mas, também poderia citar vários outros institutos que me realizam quando levam em atenção as minhas singelas palavras
Para uma geração que precisa ser os seus próprios ídolos... pela falta de atitude daqueles que deveríamos reverenciar !
Por um mundo livre, por uma sociedade que insiste em ser anônima, onde o mundo é free e todos comportan-se como geladeiras, como se por dentro não latejasse a falta de amor..
Para os que apreciam o calor da lareira latejante...
Para os gatos miam mais alto em seus becos
Para os bêbados, que são um exagero do que eles são
Para os drogados que são os fracos de paciência
Para todos são covardes, inclusive eu e você!
Tento encorajar alguns atos e banir de minha presença outros
Como beijar na boca de quem te quer mal para ser social, depois cuspir os vestígios, dos teus sentimentos, o nojo que toma a dianteira do gosto do beijo mal dado...
Penso todos foram cretinos quando eles se beijaram, todos foram brutais por não terem coragem de seguir seus instintos...
Os números que te perseguem não te deixarão, mais não farão de ti uma pessoa melhor, nem mais feliz
Entre o certo e o errado escolho você
Entre o antes e o depois escolha o agora
Entre o barato e o caro compre o suficiente
Mas, em todos os momentos, seja mais você, mais eu em você!
Posso dizer, ao final de tudo, que escrevo mais para mim que para todos eles
É uma forma de exorcismo que somente os artistas e sensíveis de alma conseguem alcançar
Obrigada por mais um momento como esse
No qual você acompanha juntando as letras a trajetória de alguém que ainda crer no amor, até mesmo quando o amor não mais acredita nele
Quanto mais se cria ou se desenvolve uma atração por algo, alguém ou alguma coisa, estas mesmas, como que perceptivelmente, se tornam cada vez mais distanciadas mais difíceis
Como se estivessem sempre um passo a frente, como se o tempo e o espaço conspirasse contra, vivendo no seu próprio e único bel-prazer, aos olhos e sentidos esperançosos dos que desejam
O tempo passa a ser percebido pelas suas menores unidades, e o universo é pouco para um sistema infalível de comunicação, contatos imediatos e coincidências, intencionais ou despercebidamente provocadas
Mesmo diante de tanta confusão e asneira, preciso ser sincera em dizer ou confessar que me choco com coisas corriqueiras de uma mente vã e infantil
Com todo o acaso do desconsolo, com toda a minha previsibilidade burra e com o meu senso inútil de justiça
É certo pensar que a mim nada custaria puxar um tapete barato ou tornar-me cavalo nesse jogo chinfrim de xadrez, se apesar do que sou, não me levo a nada, para quem mente assim a alma respira calúnia
O que me dá raiva não são os livros espalhados pela sala, nem o perfume da pele que não sai do meu nariz
O que esfola a alma é ver meus vestígios, coisas minhas, espalhadas pelo mundo, em pessoas que nunca me viram, que nunca me ouviram, que de fato, nem sabem o meu nome completo
A minha história conto eu
Do meu jeito, da forma que eu quero, vestindo o meu personagem predileto, costurando frases e sonhos, inventando poemas e descobrindo fábulas no meu dia-a-dia
Nem mesmo uma Helena de Manoel Carlos eu gostaria de ser se essa história não me coubesse, se não fosse minha de fato, se não fosse eu que contasse
A mim não cabe acusação ou absolvição desse caso sem veredicto
Visto que a mim não cabe o papel de vítima nem de réu, apenas mais uma testemunha dos prazeres e desprazeres da vida
A Música me toma como se proprietária da minha alma fosse
Tangente espetáculo a minha submissão a ela
Hoje em especial, acordei com uma sensação gostosa de saudade
De quando era criança e atravessava, junto com Raphael, por debaixo das mesas das serestas de sábado na casa do meu avô Pedro Catita
As mesas sempre cheias de cerveja e fava, pessoas cantarolando as modas de Altemar Dutra e Nelso Gonçalves
Quanto agente comia de tripinha assada, sentados nas grades de cerveja e comentando tudo o que se passava ao redor
Como... A força que Dado do Oião fazia para bater no pandeiro, Vovó Vanja que não se levantava da mesa mais queria todo mundo com o copo cheio de "Bramah", Helena gritanto (...hô minino!) em quanto Eduardo passava por debaixo das suas saias, Painho dizendo que ela tinha tirado o cabaço de todo mundo, tio Novo cantarolando Joana, e tantas coisas mais que guarda a nossa sublime infância em família...
Traços e laços eternos que trago em mim...
Toda vez que mexo um tacho de Feijoada ou de Fava para comemorar a vida com o maior presente que a vida me deu, minha família e meus amigos
Ligo para Duda para tirarmos um som
Lilo coloca a caixa de som para fora
Chamo Luã e Diego para tocar naquela caixa esquisita
Juninho para registrar, Magaly para fotografar
Vandinho e Milca trazendo a gelada
Toninho faz um precinho
Pendura-se algumas luzes no quintal
Música sem idade, só precisa ser boa, sem preconceito
-Atazana Ruan para não se atrasar alguém grita!
Roberto Rosendo e Bel com excelente repertório
Vai chegando gente, e mais gente, amigos em comum
Vamos seguindo a nossa vida celebrando o cotidiano
Mostrando para o mundo como nós podemos ser felizes
Como temos uns aos outros, amigos, irmãos
Sem demagogia, sei regras, sem cobrança
Amigos, sempre
Sempre Amigos
Quisera eu que nossos laços se perpetuassem como as amizades cultivada pelos meus avós
Que daqui à alguns demorados anos fosse-mos exemplo de diversão e felicidade para os das próximas gerações
Então agora é com vocês: Maria Eduarda, Pedro Manuel, Bianca, Roberto Henrique, SérgioNeto, Emily, Estéfaní e outros que ainda virão...
Aproveitem os anos de infância para registrar o que de melhor temos para vocês
Evoluam com o tempo e sejam felizes como nós somos!
Em homenagem aos nossos músicos, vai aí um dos meus prediletos, uma das vozes mais brilhantes que ja tivemos: Altemar Dutrar
O obstáculo não impede que cheguemos, valoriza o ponto final
Somos um infinito, um emaranhado de conhecimento e desconhecimento, de dentro pra fora, de fora pra dentro, e como diria aquele filósofo que conhecemos: “chega nem perto do fogão”...
As coisa vão acontecendo e as pessoas, naturalmente, carregadas de mais um paiol de informações, cruzam a nossa vida a todo instante, e o que é dor passa, só o sublime fica
Aproveite esse lastro de dor e confusão que planeia a cabeça dos sensíveis em turbulência para “criar” ou “REcriar”, deixar para traz todo marasmo da fazenda...
A partida é bem mais importante que o porto, sejamos nós portos flutuantes de infinidades de sentimentos e sentidos, demo-nos as mãos e alcançaremos o mundo
De pé, de carona, no ônibus errado... conhecendo, desconhecendo, reencontrando
A partida oportuna a liberdade, e nada é mais precioso que o ato da escolha, que nem mesmo Deus nos tirou, e respeitou, o ponto não separa, dá oportunidade de reiniciar
O importante mesmo é jamais dizer NUNCA, porque isso se torna o mais provável de acontecer
As “disdicências” estão aí, o contrário, o anverso do verso, os trocadilhos infames, as “palavras ao vento”
Tentemos aprender com as nossas próprias promessas, em cumpri-las, para não causar tamanho erro com os outros
As palavras no aprisionam a cada vez que são ditas, escritas, cantadas, elas nos perseguem a todo instantes que são proferias, e correm ao nosso encalço para nos pegar na primeira contradição
Sejamos então mais atos que promessas falsas, mais ação que omissão, mais fato que fantasia, sejamos de fato ator principal desse breve ato “shakespeariano” que é a vida
Ligados por um umbigo invisível, adorando-nos pelo avesso
Iguais, sem medidas exatas
Querendo, quem, sabe nascer
Desconectados, desligados, in aeternum apaixonados
Um cabo de aço infindável, guerra sem fim, desejo e cólera
A criatividade vai exaurindo todos os sonhos e a espera, essa não passa!
Tysuname que me invade a noite e a alma
Sabendo que sou, quem e como, para onde corre o rio
Matando um leão à cada dia dentro de mim, suicidando-me, matando a mesmice
Me esquivando de olhar na íris da verdade, não querendo ver o óbvio, fugindo do meu espelho
Cheirar o teu pijama, teu paninho, tua fronha, teu cheiro de mar, me perdendo na candura que consome a parte tua em mim
Sei que sou, e essas atitudes me vencem
Culpada, gritam as testemunhas do acaso
Solta nessa vida que consegue ser mais bandida que eu
Totalmente na base das medida para os teus afagos
Somos sempre inocentes acreditando em você, que pena que o amor não suporte tanta mentira
Faria tudo de novo, do mesmo jeito, com o mesmo sofrimento e angustia, com a mesma altivez, se soubesse, na certeza que no fim de tudo agente se chagaria, faria o fim chegar mais rápido
Não "teria" medo de errar
Nem mesmo sem quem sou, mas sei que em mim falta um pedaço seu
Preciso de você para saber quem sou, e na totalidade do seu olhar que eu me reflito inteiro, me reconheço a cada pedaço, alguns que você conhece mais que eu
Hoje sou o mundo, um novo velho rosto, sou mudada, sou minha, sou o tempo que se passa, muitas vezes sou mais você que eu
Somos somas divididas, multiplicando-nos no cotidiano de subtrações
Equações tão simples, de fácil compreensão
Nós dois, somos mais que uns sós, somos dois, como no início, como no hoje, como no amanhã, somos mais