Quem sou eu

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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Deixa pra depois



Nenhum copo em cima da mesa



Singular travesseiro o meu, encostado na parede junto a cama


Palavras e frases que insistem em atravessar meu silêncio


Doendo...doendo...


Soluçando a sua lastimável ineficiência em tentar me driblar


Dessa vez você não vai me fazer sorrir das suas pobres piadas


Não vai receber um lamento


Deixe-me e deite seus pensamentos do outro lado do ocidente


Procure confusões maiores que eu


Respeite o seu amor, muito embora não seja eu


Tome suas chaves e devolva a do meu coração


É sempre muito difícil quebrar os planos que sonhei para nós


É sempre muito difícil recuar quando estou prestes a me permitir perdoar de novo


É confuso


Dá uma espécie de calafrio que não avisa quando vai passar


Mais alguns planos adiados


Mais de mim deixado para depois










Roberta Moura


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Adeus carnaval




Quanto vale a verdade?



Um casamento de fachada?


Uma declaração sem amor?


Quanto vale o meu descuido?


O meu penso torto, o meu quase e anunciado desastre de acreditar em você?


Quanto vale a sua mentira?


O meu desespero de acreditar novamente em você?


Quanto vale a minha vacilada?


As suas promessas exageradas, sua omissão bilateral...


A minha queda programada...


Mais uma vez vivo esse amor sozinha...


Sem hora marcada para te encontrar


Cancelando as flores e adereços que guardava para quando você chegar


Como quem desiste do carnaval com uma fantasia pronta para ser usada


Embalando, prometendo nunca mais abrir essa caixa, e guardando de baixo da cama, para quando você voltar


Adeus carnaval, adeus colombina


Prefiro suicidar-me de saudades que acreditar nas suas doces mentiras


Como antes


Como agora


E certamente como depois,


e novamente






Roberta Moura


Perdão Você



Pobre vivente eu sou

Sobre vivente do amor

Renovado pelos laços sanguíneos com o divido

Sacramento vivo de inclinação

O corpo feito de trigo, que vem do pó, areia a qual deitarei essa carcaça corpórea

Corpo de benção, carne e sangue que me fascina e realiza

Deito sobre o teu leito macio

Tento, e re-tento viver na submissão ao perdão

Peço e dou, me permito

Exercício diário, difícil de se concretizar

Falar em perdão é falar no mais doce acepção da reconciliação

O ato de perdoar não só alivia a alma, mas, abre os nossos olhos para vier o experimento de novos pontos de vista

Quem se permite assumir o sentido do amor, necessariamente, une-se a obrigatoriedade de retribuir a essa benção de amar com o de perdoar

Há nessa ligação uma ponte entre a valorização do sentimento do amor ao próximo e a capacidade de doar-se

Quem não perdoa ao próximo não merece amar



O Senhor fez em mim maravilhas,

Grande é o Senhor!

 
 
 
Roberta Moura

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Letras


Inúmeras foram as vezes que me questionaram: para quem você escreve? 
                      ...
De modo direito, posso responder a todos que para o amor, esse único e gigantesco sentimento no qual ainda acredito
Mas, também poderia citar vários outros institutos que me realizam quando levam em atenção as minhas singelas palavras 
Para uma geração que precisa ser os seus próprios ídolos... pela falta de atitude daqueles que deveríamos reverenciar !
Por um mundo livre, por uma sociedade que insiste em ser anônima, onde o mundo é free e todos comportan-se como geladeiras, como se por dentro não latejasse a falta de amor..
Para os que apreciam o calor da lareira latejante...
Para os gatos miam mais alto em seus becos
Para os bêbados, que são um exagero do que eles são
Para os drogados que são os fracos de paciência
Para todos são covardes, inclusive eu e você!
Tento encorajar alguns atos e banir de minha presença outros
Como beijar na boca de quem te quer mal para ser social, depois cuspir os vestígios, dos teus sentimentos, o nojo que toma a dianteira do gosto do beijo mal dado...
Penso todos foram cretinos quando eles se beijaram, todos foram brutais por não terem coragem de seguir seus instintos...
Os números que te perseguem não te deixarão, mais não farão de ti uma pessoa melhor, nem mais feliz
Entre o certo e o errado escolho você
Entre o antes e o depois escolha o agora
Entre o barato e o caro compre o suficiente
Mas, em todos os momentos, seja mais você, mais eu em você!
Posso dizer, ao final de tudo, que escrevo mais para mim que para todos eles
É uma forma de exorcismo que somente os artistas e sensíveis de alma conseguem alcançar
Obrigada por mais um momento como esse
No qual você acompanha juntando as letras a trajetória de alguém que ainda crer no amor, até mesmo quando o amor não mais acredita nele 


Roberta Moura 

Testemunha do grande acaso que se chama vida


Quanto mais se cria ou se desenvolve uma atração por algo, alguém ou alguma coisa, estas mesmas, como que perceptivelmente, se tornam cada vez mais distanciadas mais difíceis
Como se estivessem sempre um passo a frente, como se o tempo e o espaço conspirasse contra, vivendo no seu próprio e único bel-prazer, aos olhos e sentidos esperançosos dos que desejam
O tempo passa a ser percebido pelas suas menores unidades, e o universo é pouco para um sistema infalível de comunicação, contatos imediatos e coincidências, intencionais ou despercebidamente provocadas
Mesmo diante de tanta confusão e asneira, preciso ser sincera em dizer ou confessar que me choco com coisas corriqueiras de uma mente vã e infantil
Com todo o acaso do desconsolo, com toda a minha previsibilidade burra e com o meu senso inútil de justiça
É certo pensar que a mim nada custaria puxar um tapete barato ou tornar-me cavalo nesse jogo chinfrim de xadrez, se apesar do que sou, não me levo a nada, para quem mente assim a alma respira calúnia
O que me dá raiva não são os livros espalhados pela sala, nem o perfume da pele que não sai do meu nariz
O que esfola a alma é ver meus vestígios, coisas minhas, espalhadas pelo mundo, em pessoas que nunca me viram, que nunca me ouviram, que de fato, nem sabem o meu nome completo
A minha história conto eu
Do meu jeito, da forma que eu quero, vestindo o meu personagem predileto, costurando frases e sonhos, inventando poemas e descobrindo fábulas no meu dia-a-dia
Nem mesmo uma Helena de Manoel Carlos eu gostaria de ser se essa história não me coubesse, se não fosse minha de fato, se não fosse eu que contasse
A mim não cabe acusação ou absolvição desse caso sem veredicto
Visto que a mim não cabe o papel de vítima nem de réu, apenas mais uma testemunha dos prazeres e desprazeres da vida




Roberta Moura









segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Das Antigas



Embutido no meu sangue que lateja por arte
Latente despertar 
A Música me toma como se proprietária da minha alma fosse
Tangente espetáculo a minha submissão a ela
Hoje em especial, acordei com uma sensação gostosa de saudade
De quando era criança e atravessava, junto com Raphael, por debaixo das mesas das serestas de sábado na casa do meu avô Pedro Catita
As mesas sempre cheias de cerveja e fava, pessoas cantarolando as modas de Altemar Dutra e Nelso Gonçalves
Quanto agente comia de tripinha assada, sentados nas grades de cerveja e comentando tudo o que se passava ao redor
Como... A força que Dado do Oião fazia para bater no pandeiro, Vovó Vanja que não se levantava da mesa mais queria todo mundo com o copo cheio de "Bramah", Helena gritanto (...hô minino!) em quanto Eduardo passava por debaixo das suas saias, Painho dizendo que ela tinha tirado o cabaço de todo mundo, tio Novo cantarolando Joana, e tantas coisas mais que guarda a nossa sublime infância em família...
Traços e laços eternos que trago em mim...
Toda vez que mexo um tacho de Feijoada ou de Fava para comemorar a vida com o maior presente que a vida me deu, minha família e meus amigos
Ligo para Duda para tirarmos um som
Lilo coloca a caixa de som para fora
Chamo Luã e Diego para tocar naquela caixa esquisita   
Juninho para registrar, Magaly para fotografar
Vandinho e Milca trazendo a gelada
Toninho faz um precinho
Pendura-se algumas luzes no quintal
Música sem idade, só precisa ser boa, sem preconceito
-Atazana Ruan para não se atrasar alguém grita!
Roberto Rosendo e Bel com excelente repertório
Vai chegando gente, e mais gente, amigos em comum
Vamos seguindo a nossa vida celebrando o cotidiano
Mostrando para o mundo como nós podemos ser felizes
Como temos uns aos outros, amigos, irmãos
Sem demagogia, sei regras, sem cobrança
Amigos, sempre
Sempre Amigos
Quisera eu que nossos laços se perpetuassem como as amizades cultivada pelos meus avós
Que daqui à alguns demorados anos fosse-mos exemplo de diversão e felicidade para os das próximas gerações
Então agora é com vocês: Maria Eduarda, Pedro Manuel, Bianca, Roberto Henrique, SérgioNeto, Emily, Estéfaní e outros que ainda virão...
Aproveitem os anos de infância para registrar o que de melhor temos para vocês
Evoluam com o tempo e sejam felizes como nós somos!

Em homenagem aos nossos músicos, vai aí um dos meus prediletos, uma das vozes mais brilhantes que ja tivemos: Altemar Dutrar  


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Esperança


Roupas penduradas
Sugando o sol, quarando
Quando os meus cabelos mais pareciam com raios solares eu acreditava em quase tudo que me diziam
Quase
Sentia que havia algo de diferente
Sempre quis mais, mais de mim, conquistas próprias
Um mais mais simples e não menos complicado
Amizade, compreensão e respeito
Que juntos, resultaria em uma coisa só com o tempo pude decifrar, o amor
Quando a rua ainda era um sonho de liberdade, olhava pelas grades de madeira do meu varal de sonhos e pensava em tudo quilo desejaria ser
Astronauta, professora, militar, química e outras sandices mais
Com o tempo preferi trocar as escolhas por uma única certeza, decidi ser feliz
Hoje, os meus cabelos não trazem consigo o dourado de outrora
Mas, uns traços de tempo que o lapso da idade acarreta
Dentre as coisas que persigo desde criança estão, o tal do amor, a tal felicidade o zelo pela justiça e a minha mais nova conquista, a esperança
Dias melhores para sempre, para o eterno
Nas minhas curtas, cotidianas e distintas orações, mais perdão que pedidos
Nessa exaustiva e apaixonante vida que me consome e me presenteia todos os dias, tenho aprendido o mantra da paciência
E esse exercício tem e feito um bem danado
Entre um grito de desabafo embutido nas músicas que insisto em cantar e o silêncio sepulcral das minhas madrugadas ela vem sorrateira
A paciência tem me feito melhor, mas não menos ativa, esperançosa
E todos os dias sei que para onde devo olhar e como me portar  
A diante e para cima
Sempre

Roberta Moura 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011




Desconhecidos os bens de outrora
Passe para cá o que é meu
Tome no supapo o que é seu
Será que só mereço isso?
Não separam-se mais como antigamente...
Não se fazem mais famílias como aquelas...
Espero não te ver em breve
Espero que você não me espere mais para jantar
Aguardo o futuro com excitação
Muito embora, um colega me falara que...
...não se fazem mais companhias como antigamente
Como procederei nesse novo velho mundo?
O que farei nas horas vagas?
Quem lavará as minhas meias?
Com quem discutirei sobre a pia gotejando?
Não, não posso fraquejar
Lembrar já é pensar em desistir do óbvio
O fim chegou
E mesmo sabendo que todo partido é o meio, a metade
Mesmo sabendo que no fim ninguém ganha com o final
Eu quero, ou melhor, não quero mais
Para isso conto com alguém que me faça as contas
Que coloque no devido grau a minha situação
Que ridículo, ter que pedir a alguém que decifre minhas vontades, postergue o meu querer
Mãos e roupas em desalinho, seguirei por minha nova vida de solteiro
Até que desça sobre mim a lucidez
Até que a necessidade me faça pedir para voltar
Até que meus desejos me faça querer alguém para sempre de novo
Até a próxima primavera

Roberta Moura



Quem é você?


Pego nos teus braços
Clarão apontando e acabando com a escuridão
Torço para dar certo
Tortos, troços, pedaços de nós
Que lance é esse de coração autônomo?
Não negue a se mesmo, não me negue a você
Novas e velhas paixões que amordaçam a alma
Pés e mãos unidas
Coração bandido esse meu
Quanto tempo dura o eterno?
Quem me dera viver tantas e tantas vidas para amá-lo
Entre olhares, dentre carros que passam sem parar
Sem ter onde chegar, caminho de mãos atadas
Será que tem um outro alguém?
Moedas no bolso para tomar um café?
Quase nenhuma importância isso tem para mim
E os carros que continuam passando
Quase param meu coração quando penso ser você
Admita, eu tentei
E você?
Abre e fecha portas como ninguém
Quem sabe com um prozac isso passa
Vindo de mim, um ser tão inconstante, tão seu
Bem vindo ao mundo real, as adagas do querer
Brasas e pedaços meus caídos pelo chão
Tenta abrir as flores em pleno verão, e consegue
Fecha os meus olhos para esquecer e depois me abre o espectro
Quem mais sabe amar é quem menos sabe fingir
Quem me roubou de mim?
Quem me devolverá?
Quem é você?


Roberta Moura



Alcance


O obstáculo não impede que cheguemos, valoriza o ponto final
Somos um infinito, um emaranhado de conhecimento e desconhecimento, de dentro pra fora, de fora pra dentro, e como diria aquele filósofo que conhecemos: “chega nem perto do fogão”...
As coisa vão acontecendo e as pessoas, naturalmente, carregadas de mais um paiol de informações, cruzam a nossa vida a todo instante, e o que é dor passa, só o sublime fica
Aproveite esse lastro de dor e confusão que planeia a cabeça dos sensíveis em turbulência para “criar” ou “REcriar”, deixar para traz todo marasmo da fazenda...
A partida é bem mais importante que o porto, sejamos nós portos flutuantes de infinidades de sentimentos e sentidos, demo-nos as mãos e alcançaremos o mundo
De pé, de carona, no ônibus errado... conhecendo, desconhecendo, reencontrando
A partida oportuna a liberdade, e nada é mais precioso que o ato da escolha, que nem mesmo Deus nos tirou, e respeitou, o ponto não separa, dá oportunidade de reiniciar
O importante mesmo é jamais dizer NUNCA, porque isso se torna o mais provável de acontecer
As “disdicências” estão aí, o contrário, o anverso do verso, os trocadilhos infames, as “palavras ao vento”
Tentemos aprender com as nossas próprias promessas, em cumpri-las, para não causar tamanho erro com os outros
As palavras no aprisionam a cada vez que são ditas, escritas, cantadas, elas nos perseguem a todo instantes que são proferias, e correm ao nosso encalço para nos pegar na primeira contradição
Sejamos então mais atos que promessas falsas, mais ação que omissão, mais fato que fantasia, sejamos de fato ator principal desse breve ato “shakespeariano” que é a vida


Roberta Moura


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Traços



Começar um poema pelo fim
De hoje para o ontem
Cartas ridículas de amor
Traço laços entre o invisível e o comum
Trajetos feitos pelo amor
Vejo o que parece que ninguém vê
Sinto o que todo mundo nesta situação sente
Ao meu amor toda a garantia de uma vida conturbada
Cheia de altos e baixos, expulsando o nada
Sua pele e minha morada
Seus cabelos o meu desalinho
Nos seus braços minha fortaleza
Em seu peito bate o meu respirar
Seremos sempre um, mas nunca os mesmos
Viajaremos em descoberta por nossos corpos
Passaremos as tardes cheias de nós
Comeremos o que tivermos
Inventaremos o que não temos
Temeremos somente a ausência
Viveremos
Que me perdoe os ávidos, mas eu tenho, mesmo que não seja meu, um amor!

Roberta Moura




terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

...Se...





Se eu me vestisse de azul...
E fizesse da lasanha o prato trivial...
Se comprasse todo estoque de diamante negro...
Trocasse a novela por centenas de filmes de comédia romântica...
Se aprendesse a patinar no gelo...
Se estudasse um pouco mais...
Fosse tudo o que sua mãe quisesse...
Compusesse as modas mais bonitas pra te enfeitar...
Se mesmo que a chuva caísse protegesse a tua cabeça...
Comprasse presentinho todos os dias...
Te mimasse como um bichinho de pelúcia...
Contasse histórias reais antes de dormi...
Se percebesse que sou mais você que eu...
Se fizesse tudo isso e mesmo assim você não me quisesse?
O que mais eu faria?


Roberta Moura



Iguais





Ligados por um umbigo invisível, adorando-nos pelo avesso
Iguais, sem medidas exatas
Querendo, quem, sabe nascer
Desconectados, desligados, in aeternum apaixonados
Um cabo de aço infindável, guerra sem fim, desejo e cólera
A criatividade vai exaurindo todos os sonhos e a espera, essa não passa!
Tysuname que me invade a noite e a alma
Sabendo que sou, quem e como, para onde corre o rio
Matando um leão à cada dia dentro de mim, suicidando-me, matando a mesmice
Me esquivando de olhar na íris da verdade, não querendo ver o óbvio, fugindo do meu espelho
Cheirar o teu pijama, teu paninho, tua fronha, teu cheiro de mar, me perdendo na candura que consome a parte tua em mim 
Sei que sou, e essas atitudes me vencem
Culpada, gritam as testemunhas do acaso
Solta nessa vida que consegue ser mais bandida que eu
Totalmente na base das medida para os teus afagos 
Somos sempre inocentes acreditando em você, que pena que o amor não suporte tanta mentira

Roberta Moura




Adição






Tudo passado, juntado a vida de hoje
Adicionados a mundos desiguais 
Faria tudo de novo, do mesmo jeito, com o mesmo sofrimento e angustia, com a mesma altivez, se soubesse, na certeza que no fim de tudo agente se chagaria, faria o fim chegar mais rápido
Não "teria" medo de errar
Nem mesmo sem quem sou, mas sei que em mim falta um pedaço seu
Preciso de você para saber quem sou, e na totalidade do seu olhar que eu me reflito inteiro, me reconheço a cada pedaço, alguns que você conhece mais que eu
Hoje sou o mundo, um novo velho rosto, sou mudada, sou minha, sou o tempo que se passa, muitas vezes sou mais você que eu
Somos somas divididas, multiplicando-nos no cotidiano de subtrações
Equações tão simples, de fácil compreensão
Nós dois, somos mais que uns sós, somos dois, como no início, como no hoje, como no amanhã, somos mais

Roberta Moura