Começar um poema pelo fim
De hoje para o ontem
Cartas ridículas de amor
Traço laços entre o invisível e o comum
Trajetos feitos pelo amor
Vejo o que parece que ninguém vê
Sinto o que todo mundo nesta situação sente
Ao meu amor toda a garantia de uma vida conturbada
Cheia de altos e baixos, expulsando o nada
Sua pele e minha morada
Seus cabelos o meu desalinho
Nos seus braços minha fortaleza
Em seu peito bate o meu respirar
Seremos sempre um, mas nunca os mesmos
Viajaremos em descoberta por nossos corpos
Passaremos as tardes cheias de nós
Comeremos o que tivermos
Inventaremos o que não temos
Temeremos somente a ausência
Viveremos
Que me perdoe os ávidos, mas eu tenho, mesmo que não seja meu, um amor!
Roberta Moura
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