
Quanto vale a verdade?
Um casamento de fachada?
Uma declaração sem amor?
Quanto vale o meu descuido?
O meu penso torto, o meu quase e anunciado desastre de acreditar em você?
Quanto vale a sua mentira?
O meu desespero de acreditar novamente em você?
Quanto vale a minha vacilada?
As suas promessas exageradas, sua omissão bilateral...
A minha queda programada...
Mais uma vez vivo esse amor sozinha...
Sem hora marcada para te encontrar
Cancelando as flores e adereços que guardava para quando você chegar
Como quem desiste do carnaval com uma fantasia pronta para ser usada
Embalando, prometendo nunca mais abrir essa caixa, e guardando de baixo da cama, para quando você voltar
Adeus carnaval, adeus colombina
Prefiro suicidar-me de saudades que acreditar nas suas doces mentiras
Como antes
Como agora
E certamente como depois,
e novamente
Roberta Moura
Belo.
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