Tudo normal!
Tudo novamente sem igual
Ela passa pela rua esperando arrancar suspiros
Ele jura encher a casa de alegria, vivendo a sua
mais excêntrica fantasia
Ele veste a roupa do super herói, tira foto, posta
na internet
Que revolução, ter um mundo inteiro para se exibir,
na palma da sua mão
Vai, causa novamente
Jura que procura o maior frenesi
Deita na sua cama a noite, vazia
Sunga o intuito de quem te quer bem, como se
obrigação fosse
Amor por retribuição, que lástima, se cômico não
denotasse
Quase nada, quase tudo
Uma simples questão de quase
Que não gera nada, que não produz
O quase é o máximo que consigo de coisas que eu não
fui
Se estivesse, se fizesse, eu faria
Faria nada, como não fez até agora
De longe, percebemos, eu e você, que seria muito
pior
Por isso não tenta, foge da frustração própria
De quem só critica os outros e de quem nunca
arrisca
Do que vale esse singelo blog ter de 1 a 100.000
acessos
E, o que importa?
Para mim nada
O populismo não me consome, nem de longe
Sou de poucos, para poucos, sou uma só e o que vier é lucro
Não sou para os certos, nem tampouco para os
incertos
Sou para mim, sou assim
O que interessa é o resultado provocado em apenas
um
Um ser, o ser
As vezes prefiro não ser eu
É assim que se pensa as vezes, nesse plano de
misérias
Ser outro
Outro, parecido com você
Um ser qualquer, que me parece está entrelaçado em
todas as redes sociais
Popularidade meu caro, desses que dizem não ter nada a
esconder
Prego batido e ponta virada
Só não posso deixar que pensem que sou igual
As verdades publicadas possuem um quê de figura
dramática
Mas, de longe não o é
O que eu quero que se pense de mim?
Maquiando o rego no rosto das minhas velhas
verdades
É o que eu quero ser!
Mas, para mim nada vale a paga de uma vida
corriqueira
É mentira demais para perder tempo
Olhando de perto ninguém é normal de fato
E essa tal da verdade assombra demais quem vive no
inquieto encalço da assombração dos demais
Faz o seguinte, toma o teu posto
O de bandido, o de mocinho, o de vagabundo...
Enxuga o teu rosto, vela o teu querer
Sede de cara limpa, faça as suas escolhas
Escolha!
Seja por uma vez na vida aquilo que confiam ser
você
Não me fale de dificuldades, de hipóteses,
devoro-as todos os dias no almoço
As escolhas estão sendo feitas a todo instante, e
que não fizer, pousar no instante não passará desse ponto
Continuará sendo o restante
O que ficou para trás, o que não segue a diante
Descredibilizado, sozinho, sem ninguém para ao
menos critica-lo
Para os que tentam, o não é a certeza e o sim a
vitória explícita no cotidiano
Mais vale o não tentado que a omissão refletida no
silêncio da cama
Roberta Moura
Nenhum comentário:
Postar um comentário