Quem sou eu

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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

TentAção




Tudo normal!
Tudo novamente sem igual
Ela passa pela rua esperando arrancar suspiros
Ele jura encher a casa de alegria, vivendo a sua mais excêntrica fantasia
Ele veste a roupa do super herói, tira foto, posta na internet
Que revolução, ter um mundo inteiro para se exibir, na palma da sua mão
Vai, causa novamente
Jura que procura o maior frenesi
Deita na sua cama a noite, vazia
Sunga o intuito de quem te quer bem, como se obrigação fosse
Amor por retribuição, que lástima, se cômico não denotasse
Quase nada, quase tudo
Uma simples questão de quase
Que não gera nada, que não produz
O quase é o máximo que consigo de coisas que eu não fui
Se estivesse, se fizesse, eu faria
Faria nada, como não fez até agora
De longe, percebemos, eu e você, que seria muito pior
Por isso não tenta, foge da frustração própria
De quem só critica os outros e de quem nunca arrisca
Do que vale esse singelo blog ter de 1 a 100.000 acessos
E, o que importa?
Para mim nada
O populismo não me consome, nem de longe
Sou de poucos, para poucos, sou uma só e o que vier é lucro
Não sou para os certos, nem tampouco para os incertos
Sou para mim, sou assim
O que interessa é o resultado provocado em apenas um
Um ser, o ser
As vezes prefiro não ser eu
É assim que se pensa as vezes, nesse plano de misérias
Ser outro
Outro, parecido com você
Um ser qualquer, que me parece está entrelaçado em todas as redes sociais
Popularidade meu caro, desses que dizem não ter nada a esconder
Prego batido e ponta virada
Só não posso deixar que pensem que sou igual
As verdades publicadas possuem um quê de figura dramática
Mas, de longe não o é
O que eu quero que se pense de mim?
Maquiando o rego no rosto das minhas velhas verdades
É o que eu quero ser!
Mas, para mim nada vale a paga de uma vida corriqueira
É mentira demais para perder tempo
Olhando de perto ninguém é normal de fato
E essa tal da verdade assombra demais quem vive no inquieto encalço da assombração dos demais
Faz o seguinte, toma o teu posto
O de bandido, o de mocinho, o de vagabundo...
Enxuga o teu rosto, vela o teu querer
Sede de cara limpa, faça as suas escolhas
Escolha!
Seja por uma vez na vida aquilo que confiam ser você
Não me fale de dificuldades, de hipóteses, devoro-as todos os dias no almoço
As escolhas estão sendo feitas a todo instante, e que não fizer, pousar no instante não passará desse ponto
Continuará sendo o restante
O que ficou para trás, o que não segue a diante
Descredibilizado, sozinho, sem ninguém para ao menos critica-lo
Para os que tentam, o não é a certeza e o sim a vitória explícita no cotidiano
Mais vale o não tentado que a omissão refletida no silêncio da cama


Roberta Moura


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