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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Na era do "era uma vez minha identidade"



E muito fácil contar meias verdades, sobre se e sobre os outros, e esquecer que meias verdades são nada além de graves mentiras maquiadas 

Plágio pobre do pensamento de Flaubert atuado de Madame Bovary 
Veja só, ela não levanta bandeira alguma a não ser a de uma moral que não existe, ela não pode com peso algum porque está fadigada com o fado da sua própria consciência
Ela passa por cima de tudo por dinheiro, em quanto eu, passo por amor, acredito que isso a irrita, então que acostume-se porque não estou pensando em desistir
Em quanto chupava manga e sonhava ela era gente, depois que conheceu o sabor de uma cidra pirou, achou que era rica
E hoje, por que usa dentes postiços, roupa copiada e vive de bajular os outros acha que é autoridade... coitadinha, não sabe da missa a metade... adora tirar proveito de tudo, vive achando defeitos na casa do vizinho e não repara para seu próprio covil
Ela compra um perfume francês para disfarçar o podre que vem das entranhas dos seus pensamentos
Muito cuidado com o dinheiro meus queridos, ele entristece 
Muito cuidado com a tristeza meus amados, ela vicia
Eu tenho um número que diz quem sou, um literal de Cadastro de Pessoa Física
Você acredita nisso?!
Eu preciso de um número para que acreditem em mim, no meu nome...
O código de barra, barra a relação humana, a nossa inteligência
O caixa eletrônico come uma parte do meu salário todo mês e todo mundo acha bonitinha a maquininha que cospe dinheiro e faz todo mundo de idiota
Ninguém vê que a tecnologia avançada atrasa cada vez mais o relacionamento humano?!
Os nossos jovens já não sabem o valor do toque, porque clicam para o seu prazer
Acreditam na exatidão de tudo, não aceitam o subjetivo porque não são capazes de criar novas filosofias de vida, não rezam pela suas identidades
Hoje em dia é tudo tão exato! 
Tudo tão programado, tão frio
Eles morrem de obesidade, cheios de sedentarismo, infarto, sofrem com o tal do colesterol... o que eles estão procurando afinal?!
Que qualidade de vida é essa que eles buscam?!
Se a vida é curta e a cada dia que se passa se torna mais...
Tenho verdadeiro pânico dessa realidade que eles “vivem”, odeio sapatos, comida pouca e computador de bordo, e peço pelos meus, pelos que estão aqui e pelos que ainda virão, que busquem alternativas para não caírem nessa lama que se esconde no meio da SOCIEDADE que nos cerca    
                    
Temo a era do "era uma vez minha identidade" 



Roberta Moura 



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