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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PAZciência


Paciência
Estudo os teus radicais meticulosamente
Como um animal espera para dar o bote perfeito
Seria você a ciência da paz?
Não me leve a mal
Não me subestime
Não me passe para trás
Ciência oculta que afasta para sempre o jamais
Corra ao favor do vento, o encontre
Leve-me do lamento
Devolva-me a paz
Vai ciência, esculacha o meu tempo
Desafia meus pensamentos
Companheira do momento
Deito no teu colo macio e adormeço
Na espera de dias melhores
Muitos são os que não mereço
Tempo que despigmenta meu cabelo
Que entreva os joelhos
Que me cerca, me mastiga, me apodrece as vísceras
Isso que você me pede
Essas coisas que eu não quero dar
Lampeja a ideia que me redime
Satisfação garantida estava escrito na sua testa
Antes que a água derrubasse a tinta desse outdoor
É claro que todo mundo pode esquecer todo mundo, ou o mundo todo
Ninguém é tão insubstituível assim
Basta não querer mais lembrar
E esquecer que tentar não lembrar é recordar outra vez
Basta não querer mais viver, não querer
Paciência, paciência, não me roube o prazer de sonhar os meus dias com a tua paz
Eu mereço, eu devo merecer
Você vai chegar, e eu nem vou perceber o quanto me fez falta
Deve me suprir a tranquilidade
Nada, de tudo isso, me deve sobejar

Roberta Moura



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