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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dentro do copo, dentro de mim



Como o a cobrar que bate e volta
Como os navios que me ligam com o resto do mundo
Como do mínio hispânico na minha boca
Pagina de diário virada, e marcada para voltar e contar o resto da história
O início, não mais que o início, já passa do meio e nada tem fim
Como um peru que espera o natal pra morrer
Como a certeza da vida e do depauperamento, eu existo
Olho para dentro, no copo nada mais que palavras soltas, total semelhança comigo será verdade
Deixo em cartas, mensagens e desejo de compartilhamento vestígios de amor
Olho para a lua e para cidade acessa sob minha cabeça, e nos livros que leio, nas letras que expresso, na xícara de café amargo...
...em tudo o amor consegue tomar um lugar em mim
No meu silêncio, no meu desapego, na minha nitidez
Amo tanto e por tanto amar digo que nada sei sobre o amor
Amo tanto que consigo achar qualquer coisa bonita
Amo tanto que transbordo na amplitude do meu silêncio, me afogo na continência, me apego nas cenas e frascos vazios de vinho e de perfume que ensistem tomar conta de mim

Roberta Moura

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