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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tão iguais e tão diferentes



Quase todos os dias os dias não são mais os mesmos
Vejo na manhã que ainda esconde-se na neblina a cor dos teus cabelos, toco-os, beijo-os, sinto o perfume tênue e macio.
A xícara e o café, as cores impressas nos meus sonhos, as coisas, detalhes tão pequenos e presentes, a vida, os planos colhidos com o suor justo da labuta... 
Deus, o que é isso?
Em poucas quadras tudo se mistura, tudo tão perto, de novo, de longe, de perto, dentro, regularmente religioso, eu giro, entro e só, já to lá
É só esperar, adentra na sexta e volta para a realidade na segunda-feira
Misto no café da manhã, café no misto que me acorda, me abre os olhos, e mais uma vez assim... tão perto, tão longe, tão rápido, tão cedo, tão santo... amor sublime amor... se mistura e se procura nas prateleiras de um antigo mercado francês, procuro o vinho ideal, um solo para a espera, um Cabernet Sovinon e o frio da noite de hoje
Uma das taças pares vazia espera, esconde a expectativa, embreaga-se no nada, taça aberta para cima, enquanto eu, greta ao seu lado
Olha para baixo e me ver taça sorumbática
Não me procura, me acha, me seduz, reconstrói o que o tempo levou de mim e me alimenta para a vida a partir de então, desmemoriada taça que olha para cima, vive o teu presente que sou eu, aroma de frutas vermelhas e canela, paladar que conheces e o que melhor acompanha.
Quantas estrelas no céu falando sobre imensidão, sobre o universo em nós, já é tarde da noite
Durmo no verão que me invade com a certeza que a alegria de um pássaro me acordará amanhã me falando de primaveras perfeitas que virão.

Roberta Moura

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