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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Trapezista



Construo diariamente o mundo que quero para viver
Subo na árvore
Pego a maçã com as mãos
Gastando solado de pé
Corro de encontro com a minha felicidade
Cisco no mundo dos profanos
Canto aos sete ventos palavras de verdade
Trago na boca o gosto suave do vento soprado pelo seu céu
Visto minha melhor roupa para ir ao teu encontro
Percebo que, entre nós, o sofrimento só serve para colorir e criar textos como os que você costuma ler escondido
Batendo descompassado, meu coração cheio de esmero e tinta, curte o carmim dos amores ensolarados
Vermelhos são meus olhos de alegria gotejante
Cheios de não sei o que
Cheios de sentimentalidade
Troço torto, feito bêbado cruzando a rua
Paciente e lento estado da embriaguês
Coisa estranha, borboletas que passeiam no meu estômago
Você, trapezista do Circo de Soleil
Eu, Deborah Colker dos seus passos desalinhados
Tudo isso e nada disso
Pare já com isso
Tudo é igual para todos os amantes
Tudo é tão diferente quando falamos da gente
Sentimento alado, voa e bate acelerado
Esperando a hora certa de voltar


Roberta Moura


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