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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alguém?


Alguém me dará abrigo?
Palavras doces que me darão alegria
Alguém daqui do norte ou de qualquer lugar onde eu possa chegar num passo
Que me abrigue nos seus sonhos e que possa me responder tão somente o que eu pergunto, para que não possamos encher a boca de palavra eternas que certamente são findáveis
Tento escrever como uma forma de exorcizar o grito preso na garganta
Quanto eu calei, quando deveria ter gritado, e quanto ainda travo sentimentos reais
Fatídicos dias me assustam, cotidiano, pobre rimas fáceis de eu te amo e coisa e tal
Que pobreza é essa que encrava-se nos nossos dias de solidão a dois
Fáceis promessas de vitória que brincam no céu da minha boca, soam com frenesis dentro de mim mesma, já não posso mais diminuir-me no sentido de ser metade, quero ser o dobro
“Simbiosiar” aos quatro cantos de Pernambuco, correr desembestada nas ladeira da Sé
Voar por entre calçadas e soprar furor
Sentir-me fisicamente só, e o que à tempos sinto sentimentalmente oca
Viver mais por mim do que por você
 
Roberta Moura

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