Quem sou eu

Minha foto
Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Somos o que podemos ser com os sonhos que podemos ter...


Talvez na próxima noite durma normalmente
Talvez não, tudo dependerá do sopro do dia seguinte que sobe pelos pêlos das minhas costas anunciando que um novo dia vai chegar
No sentido pouco das coisas vago pelas minhas lembranças, tento ir até o infinito vêntrico, de onde muitos nem ousaram sair
Busco no meu silêncio escutar as palavras que expulsei da boca por todo o dia que se passou, lembro de poucas
Das que terei que cumprir, que obedecer, que tentar ratificar
Tantos compromissos durante o dia que quase não vejo o mar se exibindo para mim logo ali na esquina, quase não sinto o seu cheiro
Penso em quantos dias já perdi murmurando absurdos, praguejando besteira, profanando incertezas que nunca poderei cumprir
Sinto minhas pálpebras pesarem, mas nada de sono pesado, com o movimento dos carros que passam desafiando minha janela penso nos perigos diários e quase chego a sentir medo de amanhecer
Nada demais para quem deseja viver por toda a eternidade
Mas que bobagens essas minhas confissões infantis
Quando crescemos e não temos mais tanta facilidade para chorar, seca em nós alguns sentimentos
Como a culpa tangente... mas, porque não cessa de vez a auto piedade?

Roberta Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário