Quem sou eu

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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minha casa, meu reino
Lá existe sorte todo tempo, comida, cheiro de pode entrar no convite dos sentidos
Entre, fique à vontade, tome mais um café fresco enquanto ponho a mesa
Hoje teremos frango ao molho de ervas e arroz à grega
Pegue aquele vinho que você gosta e as taças de festa, temos muito, além da vida, pra comemorar
Vamos rir alto, beber e falar coisas que nos emocionem
O tempo não é tudo, e o que temo é não ter tido-o o bastante para me tornar inesquecível
Eu sou assim, e não reclame
Agente só tem o que merece, bem como o que quer
A contista da certeza é inacabável, até porque o que nós vivemos já são as incertezas
Daqui a alguns goles você vai me entender, talvez bem antes que eu mesmo, talvez até mais que eu me tenha
Abra a garrafa, se não conseguir chame um homem, eles são bons nisso
Aproveite as minhas verdades, enquanto tenho para com você, tome como confissões, viva
Não se perca dentro de mim, ache um lugar
Te ofereço minhas fraternas palavras e talvez mais que isso, se merecermos
Pegue um pouco mais, sirva-se enquanto ainda não chegou o tempo de tirar a mesa
O vinho não me sobe mais a cabeça, desde a última ressaca
Dominar não é segredo, dominar-se sim, aprenda
A amizade faz rir, jogarmos conversa fora, é bom, maravilhoso sentido de vida, assim como nessa noite chuvosa de verão
Enquanto os outros bebem, procuram ilusões e caem pelas ruas nós dentro do nosso introspequitivismo nos divertimos, jogando conversa para o ar, chorando as mazelas do mundo e paginando mais um dia da nossa pujante amizade  
Vá dormir
Enquanto eu fico aqui, lavando os pratos, catando os cacos e jorrando letras no vago silêncio do mundo
Amanhã será mais um dia lindo e a vida manará nossa existência, enquanto suamos o labor e vivemos de sonhos
Enquanto amigos temo-nos uma ao outro, enquanto divinos temos a Um só, enquanto humanos temos muitos e as vezes nenhum

Roberta Moura

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