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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

De quem é a culpa?





É lamentável
Enquanto a nossa terra chora pela miséria e fome, as pessoas continuam se agredindo em palavras de anonimato
É claro, se ocultam porque não tem segurança no que discorrem
E ainda, mesmo diante de tanta clareza, quanto aos métodos científicos que nossa sociedade possui para esclarecer, e identificar tais anônimos, nada desaponta tanto quanto sabermos que essa história ainda vai persistir por longos tempos
Muitos de nós se esquivam no anonimato e se alimentam de conceitos estapafúrdios
É anônimo pra cá, desinteresse pra lá, descontentamento no centro, e nada de ideias novas
Nada que nos tire desse caos instalado no poder público
Uma bandeira, uma cor, um nome, é capaz de fazer vizinho se estranhar, amigos de infância se desentenderem, famílias se separarem
E no fim das contas, nós perdemos o nosso valor no momento que entregamos o nosso voto a quem não merece
A propósito, tente lembrar em quem você votou para deputado nas últimas duas eleições
Isso é o suficiente para fazer você recordar o merecimento que você ofertou
E eu te pergunto: -mereceu?
Essa questão você me responderá, assim que cumpridos alguns requisitos como: a compostura do eleito em face da investidura no mandato, seu comportamento perante a sociedade, seu comprometimento quanto as promessas de campanha, sua disponibilidade para com seus eleitores e demais cidadão...
É você que tem que responder!
Não se esconda na má conduta daqueles que você colocou no poder
Não cometa o mesmo erro!
Não seja mais um anônimo de blog, colocando lenha numa fogueira, na qual você não vai se aquecer, no máximo vai se queimar!
Mais um manipulado da pobreza de intelecto!
Seja cidadão ao ponto de respeitar seus adversários e vence-los pela competência, não pela baixaria, impregnada nas palavras sádicas de quem não tem nada de valoroso para oferecer
Perdemos tempo falando de maus políticos, quando, na verdade a civilidade e a democracia foram constituídas pelo Estado para permitir que pessoas como você e eu deliberemos em face do ideal de sociedade
Não se venda por tão pouco!
Não se suje com conversa fiada, porquanto, conforme um conterrâneo paraibano de Sapé, chamado Augusto dos Anjos profetizou, neste grifo nosso, interpretando a conduta de muitos políticos da nossa geração, transcrevo pensando no que eles fazem com todos nós:
“O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja...
  ...Se a alguém causa inda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija!”.
Com essas poucas e desconcertadas palavras em desalinho, tento somar com amigos ao meu redor, em busca de uma sociedade mais justa, que deve começar no meu quintal
A deturpação da política é um aleijo na cidadania
A politicagem come no centro, e nós rodeamos a mesa desses miseráveis, na expectativa que caiam algumas migalhas
Quando na verdade, a mesa na qual todos eles estão sentados, fica na cozinha da nossa casa
Meio bagunçada, meio surrada, mas a casa que nos viu nascer e crescer, e que espera de nós o mínimo de esmero, de cuidado, o nosso grande oriente, nossa terra, nosso lugar, nosso Brasil!
De quem é a culpa por isso tudo está assim?
Nossa!


Roberta Moura

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