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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Na palma da minha mão



Sempre prudente ao amor
Quase sempre doando antes que me exijam
Tento viver um dia por vez, e várias vezes por dia
Em muitas ocasiões, peço perdão pelo egoísmo
E por tanto querer me pego assim
Pescando sonhos, vivendo de relances
Não permito que me diga: “se ele estivesse precisando, teria pedido”
Oferto-lhe por amor
Não preciso de vidente, porque planto o que quero colher
Se pudesse ler as minhas mãos, veria o amor, o seu nome escrito nelas
E os nossos anseios gravados no alto dos céus
Não comporto que me negue a vontade se sonhar e de servir
Parece esquecer que muita gente não consegue, eu mesmo nem cogitava tal situação, por simplesmente não ter coragem pedir ajuda... quem não já se viu nessa situação?
Tal premissa não cabe apenas em face do amor e do dinheiro, nesse articulado contexto de necessidade versus submissão
O isolamento, a solidão e outras tantas mazelas da alma
A maldita solidão, pode ser mais gravosa que a própria fome
Convivemos a todo tempo com pessoas que passam boa parte de seus dias e noites canceladas em si mesmas
Presas em sua existência fadigada
Frequentam o trabalho por obrigação, assistem TV e adormecem na internet
E assim, vivendo nesse introspectivismo, passam a residir em um estado paralelo
Com fome de afeto e com vergonha de demonstrar, pobres maiores abandonados
Não custa percebê-los!
Não custa tentar ajudá-los!
Penso o que Deus reserva para me perguntar, e o que faço com os dons que ele me deu
Para que servem os meus dons, se não para servir aos que habitam nesse mundo sem respostas?
Tento fazer desse dia o último da minha vida, amando e servindo, errando, consertando e concertanto, tentando mais uma vez
Acredito que aqueles que olham a miséria com indiferença, tem a miséria na própria alma e não conseguem livrar-se dela, na verdade são as maiores vítimas de todo o caos provocado pela pobreza de espírito

Roberta Moura

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