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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entre a Chuva e o Adolescer




Tempo de reclusão, acho que a chuva me trás

Contesto lentamente o trabalho, raciocínio manso
Surgem na mente as lembranças de quando era criança, o medo, o choro, colo aquecido da célula Mater
Os dias chuvosos me deixam ainda mais nostálgica
As tardes de papo para o ar, no adolescer da minha mente conturbada, ao som de Kid Abelha e Legião Urbana, de Leone e Mariza Monte, encantada com a Leitura inebriante nas palavras de Paulo Coelhos e Cecília Meireles
Outro ponto fascinante?
As amizades!
Dessa matéria posso falar como Mestrada fosse, das mais doces as mais duras
“Indecisas escolhas”, testemunha do acaso, dos desencontros, da limitação compassiva, do desejo sobrenatural, da fraqueza e da superação, mentes em construção
Sou testemunha do caos da cabeça dos adolescentes, idéias em constante edificação
Transe, hormônios e curiosidade a todo vapor
As palavras “nunca e jamais” ainda saiam da boca
Quem nunca passou por isso?
Quem ainda precisa passar?
Belas tardes de domingo na praça, regadas ao mais barato vinho, risadas e declarações
Somente caladas pelos fins de noites dominicais, que até hoje nos consome com um misto de expectativa e lassidão
Até hoje, perdidamente apaixonada pelo ser humano
Juras de amor eterno, falsidade é vidro quando comparado ao diamante do amor
Como quem espera o momento certo de dar um “bom dia”, aguardo essa chuva passar
Com os pés gelados, buscando outro para esquentar, nos braços do amado encontro meu lar
Hoje e sempre querendo muito mais do que a vida tem para me dar
Sempre exigente ao amor
Sempre rezo e acordo cedo, mas espero deitada o momento certo para levantar


Roberta Moura

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