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Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Simbiosiando



Eterna guerra-fria
Imbuída em palavras e gêneros
Procura, cascavia os papeis de minha mente
Tenta achar o que não vê
Não existe amor sem sorte, mas pessoas ávidas
O libertar é a conjugação sinonímia do Amar
Máquina fascinante que a movimenta, sem ela nada funciona
Tudo, que já era pouco se perde
Inocente aquele que não conhece a dor do amor
Todo amor é doloroso
Como a mãe que põe no mundo através da dor
Como o Deus que entrega o Filho a humanidade
Todo poeta é em se a simbiose da dor
Adormece no silêncio apreciativo da imortalidade
Sopra solidão e atrai olhares de certas e duvidosas curiosidades
Agente sempre acha...
Acha que sabe de tudo
Acha que já viu isso antes
Mas não consegue enxergar um palmo a nossa frente
Demente, pálida empáfia
Não demonstre tanto, não desmorone
Não faça ruir um mundo de possibilidades
Suporto o zelo da entrega nos meus ombros estalidos
Laxadas rugas no meu rosto me pronunciam
Abano minha face com o leque do desejo
Visto a roupa que me cabe, saiu para a guerra todos os dias
Entre o desigual e o incomum, prefiro o diferente
Não me peça nada que não possa dar
Não coma o que não aguenta digerir
Viva, construa, torne-se admirável
Verede pelos desejados passos dos ídolos
E assim, simbiosiando, vou criando calos nos meus pés, tecendo novas frases e palavras, desvirginando a noite, curtindo a madrugada
Acrescentando diariamente em mim letras vivas, parceiras da falta de lucidez

Roberta Moura


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