Quem sou eu

Minha foto
Todos os dias a Arte me toma de assalto e me leva para a Vida Real. Troco palavras, vejo pessoas, vivo um dia após o outro, como se o de ontem não tivesse existido, como se o de amanhã ainda estivesse muito longe de chegar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Reconstrução


Pálida segunda, nada de primeira para fazer
Reconstruindo um coração partido, juntando cacos provocados pela invídia
Dolorido, cansado, exaurido...
Longas madeixas possui esse cavalo no qual cavalgo para longe, para me recompor
Busco explicações para tamanha injustiça, busco o intangível, algo tão perceptível que me pugna e torna avesso
Tanto que tento viver na retidão, tanto que sonho com e exercício da harmonia, que chego a devanear em um mundo que não existe, além de aqui, dentro de mim
Tanto que aposto que me arrasto nesse mundo execrável
Desprezível sentido
Tem alguém brincando de Deus com as nossas vidas
Recuso-me a aceitar o erro quando tentara, de forma clara, acertar
Pego-me fragilizada, minha humanidade me trai
Tomara que dê logo de cara com O Meu Verdadeiro Senhor
Novamente suporto o silêncio da justiça, nela faço a minha morada
Sempre faço, sempre tento, sempre descaso
Mas por mim que por qualquer um, sempre tento ser melhor
O estômago e o coração calam minha garganta
Tomo, junto com um Chá que me abra a as cordas vocais, minhas taciturnas atitudes, sem estardalhaço, sem provocar mais dor, o cansaço que toma conta de um peito mastigado só não é maior que minha vontade de submergir perante o caos
Tantas vezes quero fazer, noutras não quero nem enxergar, quantas palavras perdidas, soltas, desfilam no vagar das incertezas, procurando alguém para impetrar
Acompanhada de amigos antigos, todos comprando comigo uma boiada
Matando dentro de mim um leão por dia, tentando esquecer o pesadelo dessa madrugada
Amor com amor se paga, se recolhe para hibernar no inverno
Ao suficiente amor, construído sobre colunas fortes da mansidão todo meu calar, todo meu viver, até o novo dia chegar
Teima, sofre, acusa, dói, mas não abre mão de viver em uma fadada expectativa de tranquilidade, que alimenta todo coração “AMAdor”
Busco o mar que leve tudo isso daqui, que me tome nos braços, que me devolva o prometido, que me faça sorrir
Esperando a tormenta e a temporada de caça passar, esperando a temporada das flores
Vivo um dia de cada vez


Roberta Moura


Nenhum comentário:

Postar um comentário